Mostra audiovisual
As sessões são compostas por exibição dos filmes e conversa com os autores
Local: Sala de vídeo
MV 01 – Mostra audiovisual 01
Segunda-feira, 16 de julho, 18h30 às 20h30
Mediação: Xênia Salvetti (USP)
FILHOS DO CAFÉ
Adriana Silva (Secretaria da Cultura de Ribeirão Preto); Antonio Bernades
(Secretaria da Cultura de Ribeirão Preto); Arthur Barros (Secretaria da
Cultura de Ribeirão Preto)
A cidade de Ribeirão Preto foi, no passado, a maior produtora de café do
mundo. Toda a estrutura econômica, social e cultural da cidade se consolidou
a partir do plantio do café bourbon. A imigração, em especial a italiana, a
presença de pessoas influentes na política nacional, o perfil de fazendeiros
empreendedores, a arquitetura da cidade, os costumes, revelam a cidade e toda
sua relação com o café. O vídeo documentário Filhos do Café trabalha todas
as questões de pertencimento da sociedade com a cultura do café. Origens e
derivações de uma história pública e privada de uma cidade localizada no
interior do estado de São Paulo que se fez grande e moderna sujeitando-se
a todos os conflitos e deles se refazendo.Com base na memória oral e em
entrevistas de pesquisadores o documentário é um registro técnico e popular de
várias gerações que hierarquicamente se mantêm filhas do café.
Duração: 65 minutos
UM PASSO DE CADA VEZ: O DESPERTAR DA CIDADANIA
Gislaine Cavalcante Raposo (Museu da Imagem e do Som de Campinas),
Juliana Maria de Siqueira (Museu da Imagem e do Som de Campinas) e
Eliete Maria Silva (Museu da Imagem e do Som de Campinas)
“Um passo de cada vez: o despertar da cidadania” é um documentário em vídeo
produzido no ano de 2010, no âmbito dos programas Pedagogia da Imagem e
História Oral em Audiovisual, do Museu da Imagem e do Som de Campinas
Simpósio Internacional de História Pública
(MIS). Neste filme, lideranças locais da Vila Costa e Silva reconstituem
a memória de suas lutas na área da saúde, como o combate à epidemia de
esquistossomose e a construção de um centro de saúde, que chegou a ser o
maior da cidade, além da aprovação da lei que regulamenta os conselhos
locais de saúde no município e o reconhecimento dos primeiros adolescentes a
integrarem essa instância participativa no Brasil. A Vila Costa e Silva foi um dos
primeiros conjuntos de casas populares construídos em Campinas, na década
de 1970. A conquista de melhores condições de vida, com escolas, transporte e
saneamento básico é fruto da mobilização de seus moradores, desde a formação
do bairro. Este vídeo, produzido e orientado por Juliana Siqueira, Especialista
Cultural do MIS, é resultado do trabalho de conclusão de curso de graduação
em Enfermagem apresentado por Gislaine Cavalcante Raposo à Faculdade
de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, intitulado
“Participação Social no Sistema Único de Saúde: memórias de lideranças locais
no município de Campinas – SP”, sob orientação da Profa. Dra. Eliete Maria
Silva. Em 2012, o produto da parceria estabelecida entre museu, universidade e
Centro de Saúde recebeu o terceiro lugar no Prêmio Victor Valla de Educação
Popular em Saúde, do Ministério da Cultura.
Duração: 28 minutos
UM OLHAR SOBRE A EXPERIÊNCIA DAS BIBLIOTECAS
COMUNITÁRIAS PAULISTANAS
Abraão Antunes-Silva (CBD/ECA/USP), Marcos Mucheroni (CBD/ECA/
USP), Robson Ashtoffen (CBD/ECA/USP)
Entender a história de um país é se comprometer com uma ampla visão sobre
seu desenvolvimento, incluindo-se a questão da participação popular nas
lutas por seus direitos – os quais, recentemente, voltaram-se às questões de
educação e cultura. Nesse contexto estão inseridas as Bibliotecas Comunitárias,
iniciativas sociais autônomas lideradas por um grupo organizado de pessoas
com o objetivo comum de ampliar o acesso da sua comunidade à leitura
e à informação, visando a sua emancipação social. Sua origem remonta aos
programas de educação popular iniciados por Paulo Freire, em 1960, em
Recife. Espaços que surgem em zonas periféricas, de acordo com estimativas do
Ministério da Cultura, são cerca de 10.000 espalhadas pelo Brasil – sendo que
São Paulo concentra ao menos 100 delas. Nosso projeto consiste em realizar a
documentação audiovisual de algumas dessas bibliotecas na Grande São Paulo,
a partir de julho/2012. Para isso, contaremos com uma equipe de alunos e um
professor do curso de Biblioteconomia na ECA/USP, bem como envolveremos
outras instituições. Todo o material produzido será disponibilizado e discutido
em uma rede virtual existente desde 2009, a RBBC [ http://rbbconexoes.ning.
com ]; tal plataforma hoje agrega mais de 1000 membros e se apresenta como
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A história e seus públicos
um possível catalisador para o fortalecimento de ligações entre os agentes
envolvidos em prol da leitura. O trabalho e sua metodologia consistem em
agregar a potencialidade das redes sociais a uma possibilidade de emancipação
prática no desenvolvimento em rede das bibliotecas através de iniciativas como
esta. Refletir sobre a história de comunidades em rede é o desafio ontológico
que tem origem em cada morador ou frequentador dos bairros periféricos,
não somente pensando em hipotéticas fórmulas, mas trabalhando in loco
e registrando através do documento audiovisual uma visão construída pelas
próprias pessoas que compõem a comunidade.
Duração: 7 minutos
MV 02 – Mostra audiovisual 02
Quinta-feira, 19 de julho, 18h30 às 20h30
Mediação: Xênia Salvetti (USP)
IMAGINE UM MUNDO SEM RÓTULOS
Ana Carolina de Moura Delfim Maciel
O Museu Paulista (USP) possui uma vocação biográfica e conta com coleções
vinculadas à trajetórias individuais. Essa postura curatorial origina coleções
personalizadas, identificadas pelo nome dos respectivos doadores. Inserido
nesse enfoque do individuo e da cultura material, o documentário Imagine
um mundo sem rótulos é resultado da pesquisa Cultura Material: percursos
autobiográficos, cuja proposta engloba a captação de depoimentos em mídia
audiovisual. Documentários biográficos resultam na biofilmagem, gênero
que traz problemáticas comuns à grafia da história dentre as quais destaco:
subjetividade, objetividade, real, ficção, narrativas de vida, história universal,
biografia e memória. Trata-se de conceitos com fronteiras fluidas e que nos
posicionam face a natureza plural e multiforme do passado.
Duração: 17 minutos
TEATRO DE ARENA: OS SONHOS NUNCA ENVELHECEM
Artur Cesar Ferreira de Barros (Secretaria da Cultura de Ribeirão Preto /
Museu da Imagem e Som); Adriana Silva (Secretaria da Cultura)
O Video Documentário relata através de depoimentos a historia do Teatro
de Arena de Ribeirão Preto,inaugurado em 1969 em plena Ditadura Militar
Simpósio Internacional de História Pública
sendo o primeiro teatro de arena construído no interior do Estado de São
Paulo.O documentario discorre sobre os festivais de musica estudantil os shows
antologicos de MPB como Novos Baianos, Mutantes, Taiguara, Mecedes Sosa
entre outros a formação de grupos teatrais da cidade , apresentações de peças
como Hair, Botequim de Guarnieri entre outros. O video também procura
mostrar como os jovens da época enfrentaram a censura e transformaram o
local em palco de resistencia e liberdade.
Duração: 40 minutos
GUERRILHEIRAS DA PALAVRA – RELATOS DE MULHERES TIMORENSES
Maria Inês Amarante (CEO-Centro de Estudos da Oralidade da PUC-SP)
O documentário sonoro traz a história de vida de mulheres que participaram das
lutas de libertação de Timor-Leste e hoje atuam no rádio e na tribuna política,
situando-as em seu universo familiar, profissional e sociocultural e relevando
aspectos contemporâneos e mitológicos da condição feminina. Trata-se de um
programa produzido a partir de relatos memoriais femininos, gravados durante
a pesquisa de campo realizada no doutorado, quando a autora participava de
missão educativa naquele país, aos quais se agregam extratos da adaptação
radiofônica da lenda `O crocodilo fez-se ilha`, protagonizada por crianças. Este
material, em língua portuguesa, constituiu parte do corpus de análise da tese
“Guerrilheiras da Palavra: rádio, oralidade e mulheres e resistência no Timor-
Leste” (Anexo II), defendida no Programa de Pós-Graduação em Comunicação
e Semiótica da PUC/SP, em 2010.
Duração: 11 minutos
MV 03 – Mostra audiovisual 03
Sexta-feira, 20 de julho, 18h30 às 20h30
Mediação: Xênia Salvetti (USP)
25 ANOS DA EMERON – ESCOLA DA MAGISTRASTURA DE RONDÔNIA
Simone Gonçalves Norberto; Laelho da Silva Barroso; e Adriel Geovane Diniz
Lopes (direção, edição e produção) / Sérgio Damião da Costa;Egilberto da
Silva Brito e Mitson Matos (cinegrafia) – Tribunal de Justiça do Estado de
Rondônia
A história e seus públicos
Vídeo institucional e documental de 26 minutos para marcar o jubileu de prata
da Escola da Magistratura do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia.
A peça resgata, por meio de depoimentos chaves, a história, as conquistas,
o pioneirismo, as inovações, enfim toda as ações e iniciativas em 25 anos de
caminhada pela formação e pelo aperfeiçoamento de juízes e servidores. Além
dos depoimentos são utilizados como imagens documentos, fotos, espaço físico,
material gráfico, publicações, eventos realizados, toda uma diversidade de
elementos como trilha sonora, para dar ritmo e cadência ao vt.
Duração: 26 minutos
PATRIMÔNIO SOMOS NÓS
Karina Alves Teixeira; Lilian Amaral (Museu Aberto); Ivan Ferrer (Observatório
Bom Retiro)
O que é Patrimônio? Quem faz o Patrimônio? No contexto do Id Bairro SP#02
- Observatório Bom Retiro, a população do bairro Bom Retiro em São Paulo,
foi convidada a responder a essas questões. A história do bairro, seus edifícios
e patrimônios conhecidos se misturam as histórias de vida de seus moradores
e a seu cotidiano. Mas são, na verdade, essas “segundas histórias” que nos
interessam. As histórias subterrâneas, subjetivas e coletivas. São elas a verdadeira
substância do patrimônio multicultural, tão único, presente no Bom Retiro. Um
patrimônio conformado desde as primeiras levas de imigrantes que pousaram
e decidiram ali se instalar para começar uma nova vida. Do “bom retiro” para
repouso e lazer, imaginado em suas chácaras, ao bom retiro do comércio e suas
múltiplas etnias: árabes, armênios, búlgaros, gregos, italianos, portugueses,
japoneses, judeus, coreanos, bolivianos, peruanos, paraguaios e nordestinos.
Mais que simplesmente memórias, a incursão empreendida pela equipe do id
Bairro SP, pretendia trazer a tona as memórias afetivas, os verdadeiros laços de
seus perenes moradores a este bairro divido em alto e baixo Bom Retiro, entre
pujância e algumas mazelas urbanas. E revelar a história do Bom Retiro POR
QUEM FAZ A HISTÓRIA DO BOM RETIRO. Para tanto, os moradores
foram convidados a trazer suas presenças, histórias, memórias e os suportes
dessas lembranças (fotografias e outros objetos pessoais), para construir
cartografias colaborativas do Bom Retiro, na forma de Narrativas Audiovisuais
Coletivas, como parte do Núcleo Memória e Narrativas Audiovisuais. Apoiados
na história oral e de uma “leve” etnografia do Bairro do Bom Retiro, o vídeo
ora apresentado, representa um registro dessas várias histórias Bom Retirenses,
uma “fotografia audiovisual” de um processo que visava “mapear, articular e
promover o intercâmbio multicultural e a participação da população em torno
do patrimônio cultural do bairro do Bom Retiro, tendo como focos as relações
interculturais e dinâmicas locais.”
Duração: 9 minutos
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Simpósio Internacional de História Pública
DESBANRRACADOS
Iremar Antônio Ferreira, Márcia Nunes Maciel, Joeser Alvares, Ariana Boa
Ventura
O vídeo documentário “Desbancarracados” é resultado de uma atuação política
e acadêmica junto as comunidades afetadas pelas Hidrelétricas de Santo
Antônio e Jiral construídas no Rio Madeira, Porto Velho, Rondônia. Com
uma camera na mão e a indignação com os derrespeitos aos direitos humanos
cometidos pelas empresas as pessoas deslocadas de seus espaços de vivências
históricas, cultruais, econômicas, sociais e simbólicas, registramos o desabafo de
pessoas que representam essas comunidades que se encontram desmoronadas
por um projeto desenvolvimentista de interesse nacional passando por cima
de mundos culturais fisicamente e simbolicamente desbarrancados. O registro
apresentado é um recorte de uma atuação politica e acadêmica mais ampla
onde atuamos no processo de organização politica junto as comunidades às
margens do rio Madeira e vivencias de campo aliada a um projeto de história
oral testemunhal em que o narrador narra seu trauma causado por politicas
desenvolvimentistas, com o intuito de publicizar a voz, a luta, a denúncia e a
indignacação das comunidades desbarrancadas.
Duração: 25 minutos